domingo, 4 de setembro de 2011
Fortaleza Digital
A análise de uma morte na Espanha; uma organização governamental secreta, um projeto clandestino, chantagem! A mais recente e alucinada vertigem, na qual você é lançado desde o princípio, é o que os leitores das novelas de Dan Brown estão acostumados, e ele não os desaponta. De capítulo em capítulo sua habilidade em manter o nível da intriga é absolutamente brilhante.Durante muito tempo as Sinopses da Agencia Nacional de Segurança (NSA) têm sido a custódia dos segredos da nação, utilizando um arsenal tecnológico, como dianteira contra ameaças nacionais e internacionais. A criação, em segredo, de "TRANSLTR", um dispositivo altamente poderoso que quebra os códigos, é o mais novo mecanismo para proteger contra os inimigos em potencial. Agora, é ameaçado por um código que não pode ser quebrado, deixando, disponíveis mundialmente, suas chaves mestras, se o NSA (Agência Nacional de Segurança) não revelar ao mundo a existência de "TRANSLTR" e suas metodologias clandestinas a anarquia global estará próxima, como o código inquebrável, outro que justamente prova a ineficácia de "TRANSLTR", vai abrir as comportas para os segredos das nações. Susan Fletcher e David Becker devem procurar as chaves mestras seguindo duas linhas bem diferentes, que irão mapeá-los em direção a um labirinto de decepções e perseguições enervantes. Impossível descobrir diretamente da falha, e inimigo do adversário, eles devem unir não somente suas especialidades, mas guardar forças para decifrar a mais grave das ameaças, e fazê-lo em tempo. O veredicto de Brown, assim como seria o da maioria dos escritores de seu gênero, deixa os leitores com o pensamento de como seria gravado em suas mentes muito tempo depois de terminar o livro. A evidente narrativa ágil por todo o livro flui, de capítulo para capítulo, com brilho e facilidade. O uso de dois protagonistas costura a essência de uma boa novela, com suspense, aventura, traição, ritmo, conspiração, etc. O romance traz um conjunto de conhecimentos ao leitor, convidando-o a explorar adiante e talvez questionar suas habilidades inertes, que podem ser requisitadas quando necessário.
Dracula
Uma das duas “originais” novelas góticas - sendo a outra “Frankenstein” de Mary Wollstonecraft Shelley – “Drácula” refere-se ao Conde Drácula, um vampiro antigo que decidiu sair da sua casa ancestral, nos montes Cárpatos, para Gaslight no Reino Unido. O seu motivo era simples – criar uma raça superior de vampiros. Jonathan Harker, que foi de Inglaterra para ajudá-lo, foi também o primeiro a perceber que algo estava errado. Depois de chegar a Inglaterra o inferno vampírico fica à solta. Começa por fazer inimigos tornando as suas mulheres vampiras. Na novela gótica clássica, os bons da história conseguem colocar uma estaca em Mina Harker, um elemento do seu séquito, numa cena espectacularmente aterradora que leva o Drácula a sair de Inglaterra de regresso à sua terra e no ultimo momento possível conseguem enfiar-lhe uma estaca. Escrita nos primórdios da análise científica da medicina, patologias psíquicas e filosofia, esta novela está na origem de muitos arquétipos literários que hoje em dia ainda continua em voga. Há Van Helsing que luta contra a superstição através do racionalismo cientifico e Renfield, mau e assombroso, o qual dá moscas como alimento às aranhas, aranhas a pássaros, pássaros aos gatos e gatos a um cão, concentrando assim as forças vivas de todas essas criaturas comendo o cão. Muito deste imaginário é apelativo e ao mesmo tempo arrepiante. A cena do homem morto preso ao casco do barco que conduz Drácula a Inglaterra provoca calafrios. Em Stoker a linguagem não é documentada mas sendo ele próprio irlandês, dá um certo formalismo britânico à peça tornando-a pesada e lenta. Pode também ser frustrante porque grande parte da narrativa foi criada de trás para a frente entre as personagens principais. Usual, ainda assim apelativo.
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