domingo, 4 de setembro de 2011
Dracula
Uma das duas “originais” novelas góticas - sendo a outra “Frankenstein” de Mary Wollstonecraft Shelley – “Drácula” refere-se ao Conde Drácula, um vampiro antigo que decidiu sair da sua casa ancestral, nos montes Cárpatos, para Gaslight no Reino Unido. O seu motivo era simples – criar uma raça superior de vampiros. Jonathan Harker, que foi de Inglaterra para ajudá-lo, foi também o primeiro a perceber que algo estava errado. Depois de chegar a Inglaterra o inferno vampírico fica à solta. Começa por fazer inimigos tornando as suas mulheres vampiras. Na novela gótica clássica, os bons da história conseguem colocar uma estaca em Mina Harker, um elemento do seu séquito, numa cena espectacularmente aterradora que leva o Drácula a sair de Inglaterra de regresso à sua terra e no ultimo momento possível conseguem enfiar-lhe uma estaca. Escrita nos primórdios da análise científica da medicina, patologias psíquicas e filosofia, esta novela está na origem de muitos arquétipos literários que hoje em dia ainda continua em voga. Há Van Helsing que luta contra a superstição através do racionalismo cientifico e Renfield, mau e assombroso, o qual dá moscas como alimento às aranhas, aranhas a pássaros, pássaros aos gatos e gatos a um cão, concentrando assim as forças vivas de todas essas criaturas comendo o cão. Muito deste imaginário é apelativo e ao mesmo tempo arrepiante. A cena do homem morto preso ao casco do barco que conduz Drácula a Inglaterra provoca calafrios. Em Stoker a linguagem não é documentada mas sendo ele próprio irlandês, dá um certo formalismo britânico à peça tornando-a pesada e lenta. Pode também ser frustrante porque grande parte da narrativa foi criada de trás para a frente entre as personagens principais. Usual, ainda assim apelativo.
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